SOBRE EL DIANÓSTICO Y EL TRATAMIENTO (Portugués)

SOBRE O DIANÓSTICO E O 

TRATAMENTO SEGUN LA MTCH.

Com o propósito de estabelecer relações entre os critérios de diagnósticos tradicionais (muitas vezes subjetivos e filosófico-empíricos) e os habituais diagnósticos de clínica ocidental (muitas vezes excessivamente protocolizados).

Analisem-no como um pequeno resumo, quase esquemático, proporcionando um guia programático sistematizado que procura centralizar e dar coerência a tão diverso, pesado e introvertido tema.

Iremos sintetizar, no possível, as múltiplas interrogações que se apresentarão, sem dúvida, nestes temas tão importantes mas complexos, verdadeiro cavalo de batalha de todos os profissionais de acupuntura.

  DIAGNÓSTICO EM M.T.C. (ZHONG Yi ZHEN DUAN XUE)

A grande diferença qualitativa entre os profissionais de acupuntura reside, precisamente, na sua capacidade para realizar um bom diagnóstico. Na M.T.C. na medicina convencional ou noutras medicinas, a resposta terapêutica está na razão direta do acerto do diagnóstico.

Chegar a um diagnóstico adequado é a parte mais difícil e complexa da M.T.C., pois, como é uma Medicina Holística, considera todo o ser humano como um ente indivisível e interdependente, e realiza a diagnose através de síndromes e não de sintomas.

A enfermidade, sob o ponto de vista das Medicinas Holísticas, não tem só nome mas tem também apelidos e quantos mais apelidos se investigarem mais nos aproximaremos da entidade nosológica alvo e mais efetivo será o tratamento. Teremos que investigar não só o porquê da manifestação, mas prioritariamente as suas causas.

Se diagnostico a um paciente uma gastralgia (sintoma), sem considerar os múltiplos sinais que a acompanham (síndrome) “será o mesmo que num estádio com 30000 pessoas chamarem pelo Sr. José, mas chamando por José Perez Fernandez… provavelmente só responderá a pessoa que procuro”. A dor de estômago em M.T.C. pode ser um sinal comum em 8 ou 10 síndromes (deficiência de yin de E., plenitude calor de F., estancamento de Qi ou de Xue de E., plenitude calor de Pericárdio, plenitude calor de ID., calor em Zhongjiao…).

A hipertensão arterial é um sinal clinico comum a 5 ou 6 síndromes da M.T.C. (plenitude de C ou de MC, deficiência de R-yin, plenitude calor de P, estancamento ou vazio de BP…).

A dismenorreia é um sinal clinico comum a 4 ou 5 síndromes (estancamento de Qi de R, vazio frio de sangue, estancamento de T’chongmai…).

Cefaleia, astenia, depressão, insónia, etc., são sintomas que precisam de múltiplos fatores acompanhantes que determinem a sua etiologia e assim podermos enquadrá-las numa síndrome. Em muitas ocasiões, o sintoma clinico que leva o paciente a uma consulta é menos relevante ou de menor hierarquia nosológica que os restantes sinais clínicos.

As síndromes em M.T.C. podem ser múltiplas, pois cada indivíduo terá a sua própria síndrome, resultante da combinação das diferentes variáveis que se podem verificar na análise semiológica onde os fatores patógenos, sobretudo os 4 fundamentais, (congénito, emocional, diatético e meio-ambiental), incidem de diversa forma e intensidade, podendo (em função do indivíduo) ser cada um deles essencial, predisponente, coadjuvante ou desencadeante.

Apesar do que acabamos de descrever, que nos leva à individualização específica do paciente, e com o intuito de facilitar uma primeira linha de investigação, a M.T.C. descreve aproximadamente 160 padrões sindrómicos que abrangem a maioria dos quadros clínicos. Destes, aproximadamente 100 relacionam-se com o sistema Zhang-Fu e os restantes com Qi, Xue, Flemas, Planos, etc. Cada um destes padrões admite alguma variável que  permite personalizá-lo. É nesse caso que o pulso e a língua, muitas vezes, fornecem o aspecto diferencial.

Para dar apelidos temos que desenvolver um trabalho de investigação, analisando os sinais clínicos que obtemos através da perceção dos sentidos (vista, ouvido, olfacto e tacto).

No ser humano estes sentidos não estão suficientemente desenvolvidos para que, através deles, possamos chegar a conclusões diagnósticas complexas (embora sejam elementos valiosíssimos). Essa carência é amplamente compensada pela capacidade de comunicar através da palavra. E o interrogatório converte-se, pois, no eixo fundamental de diagnose, e o restante, em termos gerais, são confirmações da presunção diagnóstica obtida mediante a anamnese.

A combinação do INTERROGATÓRIO com o resto dos elementos de diagnóstico descritos (INSPEÇÃO, AUDIÇÃO, OLFACTO E PALPAÇÃO), compõem o que em M.T.C. se chamam “OS QUATRO ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO” (SHI ZHENG),já que a audição e o olfacto unem-se num só elemento, ficando estruturado da seguinte forma, por ordem de atuação:

1º- VER- INSPEÇÃO (língua, tez, expressão, forma,…)

– OUVIR E CHEIRAR– audição e olfacto (ruídos, tons de voz).

Perguntando pelos odores (respiração, suor, fezes, urina, etc.), pois não seria muito ortodoxo cheirar o paciente, embora o odor possa ser determinante no diagnóstico.

Evidentemente se os cães tivessem acupuntor o elemento essencial de diagnóstico seria o olfacto. Os que já tenham trabalhado em hospitais já sentiram, às vezes, odores peculiares de cada tipo de enfermo. 

 INTERROGATÓRIO: (desenvolver as 30 perguntas básicas da anamnese e suas correspondentes variáveis). Quando solicitamos informação sobre a urina, por exemplo, perguntamos pela frequência, a quantidade, a cor, o cheiro, a dor, se tem nictúria, se sofre de incontinência e se teve enurese infantil prolongada, etc. O mesmo acontece com a sede, o apetite, as fezes, etc. Tudo isto se deve refletir na História Clinica realizada.

4º- PALPAÇÃO: diversos aspetos pulsológicos, pontos ou áreas dolorosas, entre outras muitas manobras próprias deste procedimento.

Este processo é habitual quando se quer estabelecer um relação (ver, ouvir, cheirar, falar e palpar) e não há duvida de que o acupuntor deve procurar essa relação que lhe vai permitir obter a máxima informação sobre os sintomas e poder fazer um diagnóstico sindrómico o mais objectivo possível.

SHI ZHENG: permite-nos propor as duas grandes linhas de diagnóstico:

BA GANG E BIAN ZHENG.

BA GANG: consiste em classificar a enfermidade dentro dos chamados oito (BA) diagnósticos (GANG): YIN – YANG / INTERIOR – EXTERIOR / FRIO –CALOR / VAZIO – PLENITUDE

BIAN ZHENG: consiste em encontrar os sinais diferenciais que permitam determinar a síndrome específica.

Por exemplo: segundo as 8 regras podemos classificar, uma vez analisados os sintomas, uma enfermidade em yin-interior-calor-vazio, e com base nisso propormos o correspondente tratamento (BA FA) que será, neste caso concreto, uma técnica terapêutica que se denomina calorificação-tonificação. Contudo, esta classificação, não individualiza o paciente, já que calor-interno-vazio num individuo yin pode ter muitas causas (insuficiência de R-Yin, vazio de Yin de F, deficiência de Yin-Ye ou Xue, etc.)

Uma vez obtido SHI ZHENG, temos os elementos que permitirão, através da análise semiológica, diagnosticar a síndrome/s implicada/s na patologia do paciente e propor um tratamento adequado.

Mas existe também, como estudaram na lição nº5, um diagnóstico prévio dirigido a regular o estado energético dos Meridianos de acupuntura e que não precisa de SHI ZHENG. Só se precisa da palpação, que antigamente era pulsológica (pulsos radiais), com um alto grau de subjetividade, sobretudos nos principiantes, e que na atualidade tende a ser eletrónica (Biomedições), mais objetiva e de fácil aplicação ao basear-se no princípio biofísico de diminuição da resistividade das áreas energéticas

Este diagnóstico não fornece elementos semiológicos que permitam elaborar Ba Gang nem Bian Zheng, mas é sem dúvida muito útil para efetuar a Regulação Energética, que, como viram, cumpre três grandes objetivos:

1º Tratar de eliminar o fator de desequilíbrio energético que impede a autorreparação (Pirâmide Biológica). HARMONIZAR.

2º Preparar o terreno para que seja mais eficaz a ação terapêutica posterior. POTENCIAR.

3ª Incidir positivamente no paciente, mediante o efeito placebo, que, através de uma análise impressa, pode ser explicado pelo acupuntor. INDUZIR.

SINTETIZANDO: EXISTEM TRÊS DIAGNÓSTICOS (SAN GANG).

1º JING MAI GANG(Chamado diagnóstico de situação).

2º BA GANG (Chamado os 8 princípios diretores do diagnóstico).

3º BIAN ZHENG GANG (Chamado diagnóstico por diferenciação sindrómica).  

TRATAMENTO (ZHI).

O tratamento, por sua vez, será a resposta baseada no desenvolvimento fisiopatológico descrito.

1º LI QI HE(REGULAÇÃO) para dar resposta a JING MAI GANG

2º BA FA (AS OITO TÉCNICAS TERAPÊUTICAS) para dar resposta a BA GANG.

3º SUI ZHENG QU XUE (SELEÇÃO DE PONTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE SÍNDROMES) para dar resposta a BIAN ZHENG GANG.

 Sem necessidade de depender de nenhum formulário ou vade-mécum. É muito gratificante ter critérios próprios que permitam elaborar a fórmula terapêutica básica. Este tratamento não analisa a causa da enfermidade, pelo que é incompleto, e devemos complementá-lo com os pontos elegidos através de BAFA E SUI ZHENG QU XUE.

A FORMULA TERAPÊUTICA EM ACUPUNTURA

FUNDAMENTA- SE NOS QUATRO PILARES TERAPÊUTICOS (SUN FA).

A + B + C + D.

 A – Regulação energética de acordo a JING MAI GANG, Tratamento protocolário, sistemático e prévio.

 B – Tratamento base que dividimos em duas etapas:

 B.1 Tratamento dos desequilíbriosZhangFu seguindo as regras descritas de Ponto Imperador, Pontos Ministros e Pontos Ajudantes.

 B.2 Tratamento BAFA de acordo com BA GANG.

C – Tratamento etiológico de acordo com BIAN ZHENG.

D – Tratamentos complementares (fitoterapia, auriculoterapia, etc.). 

EXEMPLO CLÍNICO. Obstipação crónica (prisão de ventre), mulher de 47 anos.

DIAGNÓSTICO:

1 – Na biomedição Riodoraku observa-se um vazio dos três Yang da mão (ID.-TA.-IG.) e uma plenitude de F.

2 – Dentro dos oito princípios diretores do diagnóstico (BA GANG), chegamos à conclusão, através da análise semiológica, que se pode enquadrar em YIN/INTERIOR/CALOR/VAZIO. YIN-NEI-HAN-XU

3 – Dentro dos BIAN ZHENG a paciente apresenta os seguintes sinais clínicos cardinais: Fezes ressequidas (caprinas), insónia distal, febrícula matutina, secura de pele e das mucosas, sufocos, boca seca, sede, tez pálida “calor nos cinco centros”, dor na deposição com tenesmo rectal, mucosa lingual escassa, língua seca e ligeiramente vermelha, pulso débil e rápido. Isto conduz a um diagnóstico de prisão de ventre por deficiência de Yin de IG.

TRATAMENTO:

A – REGULAÇÃO: Tonificação rápida do 8 TA. (Sanyangluo) como Luo de grupo dos três Yang Tsou e sedação rápida do 2 F. (Xingjian) Esperar 10 minutos e abordar o tratamento, propondo os seguintes critérios.

          A.1. BA FA denominada Refrigeração – Estimulação para o tratamento do calor interno vazio (deficiência de yin) com os pontos 6 BP. (Sanyinjiao), 3 R. (Taixi) 4 RM. (Guanyuan).

A.2. Por ser uma víscera permite-nos aplicar os passos descritos na formulação base:

A.2.1. Ponto Mestre 3 ID(Houxi) (abre DUMAI) como mar das vísceras e o IG. é uma víscera.- PONTO IMPERADOR.

A.2.2 Técnica SHUMU com estímulo prioritário do MU (deficit de Yin) com

25 B. puntura simples e 25 E. (Tianshu), com estímulo intenso.- PONTOS 1º MINISTRO.

A.2.3. Técnica MUZI. Tonificando 11 IG. (Quchi) (próprio). 41 E.(Jiexi) (mãe) e sedando 8 ID. (Xiaohai) (controlador). -PONTOS 2º MINISTRO

A.2.4. Pontos ROÉ: 37 E. (Shagjuxu) e 12 RM.(Zhongwan) AJUDANTE.

A.2.5. Técnica YUAN LUO: 4 IG.. (Hegu) – 7 P. (Lieque) AJUDANTE.

A.2.6. Técnica JIE-GEN: 5 IG. (Yangxi) e 45 E. (Lidui) AJUDANTE.

A.2 7. Ponto TERRA do acoplado: 9 P. (Taiyuan) AJUDANTE.

A.2.8. Ponto para FECHAR, Chave ou Mestre 62 B. (Shanmai)- AJUDANTE.

A.3 Tratamento específico do vazio de Yin de IG.

A.3.1 Estimular R. Yin3 R. (Taixi–  7 R. (Fuliu) – 10 R. (Yinggu) – 4 RM. (Guanyuan) –  25 VB. (Jingmen) – 46 PC. (Qimen) Esquerdo.

A.3.2 Estimular o Yin específico de IG.: 2 IG. (Erjian), 25 E. (Tianshu) e 66 B. (Tonggu).

A.3.3 Regular o Centro e o Yang Ming: 36 E. (Zusanli), 4 IG. (Hegu)    e 12 RM(Zhongwan).

B – Tratamentos complementares: daremos prioridade às recomendações dietéticas dirigidas a recuperar o Yin de IG. (Farmacopeia, Auriculoterapia, Craneopuntura tradicional ou das linhas de investigação modernas de Yamamoto e Cía., Magnetoterapia clássica ou pares magnéticos de Goiz,  etc..)

Uma vez que tenho o repertório dos possíveis pontos, deverei fazer uma seleção tendo em conta os seguintes critérios:

1 – O primeiro ponto a punturar será o que se considere como mais importante, geralmente é o ponto Mestre ou ponto Chave.

2 – Harmonizar o movimento, primeiro-ministro (TÉCNICA SHU MU).

3 – Pelo menos um ponto da TÉCNICA MUZI como pontos, segundo ministro.

4 – Eleger pelo menos uma técnica dos pontos ajudantes

5 – Os pontos que se repetem nas diversas técnicas ou critérios desenvolvidos, (a negrito). 3 R. (Taixi) – 12 RM. (Zhongwan) – 4 IG. (Hegu) – 25 E. (Tianshu), pelas suas múltiplas funções.

Há que ter em conta que, independentemente da regulação prévia, é possível que tenhamos que utilizar o ponto Xi como ponto de desbloqueio, recomendável nos casos crónicos. Este ponto puntura-se e estimula-se intensamente dirigindo a agulha até à UE, independentemente do sentido circulatório. Por exemplo, em patologia de E., sobretudo de estancamento, colocar-se-ia o 34 E. (Liangqiu) em direção ascendente apesar do sentido circulatório do meridiano ser descendente. Utilizando-se este ponto como abertura da sessão, espera-se aproximadamente 5 minutos antes de continuar com o tratamento. 

A FORMULA TERAPÊUTICA QUE PROPORÍAMOS NESTE CASO CONCRETO SERIA:

Depois de efetuada a Regulação e o ponto Xi (caso fosse preciso), proporia:

3 ID. (Houxi) – 25 B. (Dachangshu) – 25 E. (Tianshu) – 11 IG. (Quchi) – 37 E. (Shagjuxu) – 12 RM. (Zhongwan) – 6 BP. (Sanyinjiao) – 3 R. (Taixi) – 4 RM. (Guanyuan) – 36 E. (Zusanli) – 4 IG. (Hegu) –  66 B.  (Tonggu) e 2 IG. (Erjian), estes pontos propõem-se em função do:

TRATAMENTO BASE:

Ponto Imperador: 3 ID. (Houxi) (ponto chave doDu Mai) que, como mar das vísceras, regula o sistema Fu.

Pontos Primeiro Ministro: 25 B. (Dachangshu) – 25E. (Tianshu) (Técnica Shu Mu) para regular a UE. Com estímulo do Mu(deficiência de Yin).

Segundo Ministro: 11 IG. (Quchi) (ponto de tonificação de IG.).

Pontos ajudantes: 37 E. (Shagjuxu) e 12 RM. (Zhongwan) (pontos Roé de IG. e das vísceras respectivamente).

BA FA: (refrigeração).

Ponto Imperador: 6 BP. (Sanyinjiao) (ponto de ação especial na purgação e reunião dos meridianos yin inferiores).

Ponto Primeiro Ministro: 3 R. (Taixi) (ponto Yuan de R., ponto terra e ponto humidade) é básico na refrigeração.

Ponto Segundo Ministro: 4 RM. (Guanyuan) (ponto Mu de ID.) incrementa o Yingeral e regula o nível de absorção intestinal.

BIAN ZHENG:

A) Tonificar o R-Yin: 3 R. (Taixi) (ponto terra e Yuan de R.).

B) Regular o centro e o Yang Ming 36 E. (Zusanli) como Roé de E. – 12 RM. (Zhongwan) – como Mu de E. e reunião de vísceras -4 IG. (Hegu) como Yuan de IG. e porta do Yangming  (Imperador e Ministros).

C)  Hidratar IG. com o ponto dominante da B. 66 B. (Tonggu) (manda a água) e o ponto água de IG. 2 IG. (Erjian) (recebe a água).

Cada una das fórmulas (não das técnicas) de tratamento, constam, normalmente, de diversos pontos que são geralmente classificados hierarquicamente em função do seu efeito terapêutico, ou então, segundo o critério pessoal do acupuntor e em função das múltiplas variáveis próprias de cada caso em concreto, em Imperador e Ministros.

Esta não é uma proposta padrão nem significa nenhuma fórmula específica, pois os pontos podem variar em função dos diversos aspectos particulares de cada individuo. Por exemplo, se o paciente apresentar sinais associados a P. (alterações de vias respiratórias, dermatopatias, etc.) poderia considerar-se a possibilidade de utilizar a técnica Luo-Yuan. Se existisse una evidente alteração emocional (depressão, ansiedade, etc.) poderia propor-se a abertura em dias alternados do 6 MC. (Neiguan), etc. etc.

Cada sessão clínica do protocolo base (10 sessões, dias alternados nas primeiras duas semanas e duas sessões a cada três dias nas duas seguintes) é uma análise da evolução, do historial e do tratamento. Se fizermos alterações, devemos ter a precaução de as registar, pois muitas vezes a alteração do critério da seleção de pontos pode melhorar o tratamento, e se não registarmos a alteração que fizemos teremos que repensar todo o processo.

No caso da evolução a partir da 3ª ou 4ª sessão clínica não ser favorável, teremos que rever o diagnóstico e analisar outros possíveis sinais clínicos que poderiam estar mascarados, ou não lhe atribuímos a importância que poderiam ter, ou então eleger outros pontos ou técnicas.

Se o diagnóstico se confirma podemos propor técnicas não utilizadas como a técnica de planos, o ponto terra do acoplado e rever os pontos ajudantes da Refrigeração  

 Como vêm trata-se de analisar todos e cada um dos pontos do tratamento com base em critérios e diagnósticos e não através de fórmulas empíricas que, no melhor dos casos atuariam de uma forma paliativa (tratamento rama) e não curativa (tratamento raiz). É aí que reside o cerne da questão, ser ou não ser acupunctor.

Espero que estes apontamentos ajudem a saber lo que ser a vossa atitude perante o paciente, que devemos de servir com humildade e excelência.

Também é verdade que existem outros métodos e recursos terapêuticos descritos por diversos autores clássicos e modernos que se podem ter em consideração mesmo que não entendamos a sua justificação.

Mas um profissional que enfrenta diariamente pacientes com as mais diversas patologias, em muitas ocasiões terá, seguramente, necessidade de ir ampliando o seu arsenal com armas nem sempre convencionais, mas logicamente a abordagem seguirá uma estratégia desenvolvida através de raciocínios fisiopatológicos e diagnósticos como os que aqui foram desenvolvidos, sem desmerecer outros critérios. No final, o mais importante é o paciente e, se para conseguir a sua recuperação ou as suas melhoras tenho que utilizar métodos heterodoxos, fá-lo-ei sem dúvida, dentro da ética e a moral próprias do código deontológico.